Da redação | João Henrique - Há anos o hospital municipal Conde Modesto Leal está entregue ao acaso. Falta de atendimento médico, de medicamentos e de condições de trabalho para os médicos amedrontam a população de Maricá.
Na manhã desta segunda-feira (28), a nossa equipe recebeu reclamações de pacientes que não estavam conseguindo o medicamento receitado pelos médicos, no hospital da cidade.
Estivemos na unidade de saúde à tarde e constatamos o fato. Não há medicamentos, nem mesmo paracetamol, usado em pacientes como analgésicos. Alguns pacientes relataram também que não há medicamento para o controle da pressão arterial.
Falta de pagamento
De acordo com uma médica que não quis se identificar, a prefeitura efetuou o pagamento dos profissionais de saúde neste domingo (27) e os médicos voltaram a atender.
Segundo informações, os médicos ficaram mais de uma semana com o pagamento atrasado e estavam se recusando a trabalhar.
UPA de Inoã
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã tem sido a melhor alternativa para quem deseja atendimento médico na cidade. Nem nos postos de saúde, nem o hospital, a UPA tem recebido os pacientes de diversas regiões de Maricá e também de cidades vizinhas.
Visitamos a UPA de Inoã na tarde desta segunda-feira (28) e encontramos dezenas de pessoas que preferiram ir até a Unidade de Pronto Atendimento em Inoã do que aguardar atendimento no Hospital Municipal Conde Modesto Leal.
"Estou aqui há três horas mas fui atendida e aguardo o resultado do exame. No hospital, fui atendida, o médico me receitou paracetamol, mas no hospital não tinha." comentou a moradora de Bambuí, Gisele Manhães, 46 anos.
Tentamos contato por telefone com o gabinete da Secretária de Saúde Janete Valadão, mas ninguém atendia.
Internação
Infelizmente, o único lugar onde recebe a internação de pacientes na rede pública de saúde é no Hospital Municipal Conde Modesto Leal. A UPA realiza apenas pronto atendimentos e não tem leitos para a internação.