Operação combate pesca predatória de camarões em Maricá

Reprodução: JusBrasil;
Por Ascom do Inea 


Uma operação coordenada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da Secretaria do Ambiente, com apoio do Batalhão Florestal foi realizada na noite da última sexta-feira (28/5) para combater a pesca ilegal de camarão na Lagoa da Barra de Maricá. Foram autuados 11 pescadores.
A fiscalização foi realizada a partir de denúncias dos próprios pescadores da região, segundo as quais animais de 3 e 4 cm estavam sendo capturados, quando o tamanho mínimo estabelecido pela Portaria Sudepe N-55/1984 (artigo 39) é de 9 cm.
De acordo com os agentes da Superintendência Regional da Baía de Guanabara, o canal aberto para ligar a lagoa da Barra de Maricá ao mar - em razão das fortes chuvas do mês de abril - provocou o aumentando considerável da quantidade do crustáceo no corpo d água e um grande número de pessoas passou a atuar na pesca de camarões todas as noites em pontos como a Lagoa da Barra de Maricá, Ponte Preta, Ponte de Bambuí e Ponta Negra sem respeitar a legislação.
Quando os fiscais chegaram ao local, encontraram um número muito grande de pessoas realizando pesca com tarrafas. Muitos infratores fugiram, abandonando apetrechos utilizados para a pesca. Ainda assim, 11 pessoas foram autuadas.
Foram apreendidas 18 tarrafas e redes com malhagem inferior a permitida pela Sudepe (25mm). Grande quantidade de camarões e siris vivos, que estavam presos às armadilhas instaladas dentro da lagoa, foi devolvida à natureza, conforme orientação de biólogos marinhos do Inea. Os camarões já mortos, cerca de 1 Kg, foram identificados, acondicionados no refrigerador na Superintendência do Inea e encaminhados para doação.
Segundo o coordenador da operação, Marcelo Vidinhas, como a notícia se espalhou rapidamente, os fiscais não encontraram ninguém nos demais pontos: Ponte Preta, Ponte de Bambuí e Ponta Negra. No entanto, ele adiantou que o Inea realizará operações regulares a fim de combater a pesca predatória na região.